sábado, 27 de julho de 2013

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo VI

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)

À noite, Lydia pediu seu chá, mas não quis biscoitos para acompanhar. Sentada na varanda, com coração apertado, sua aflição era por Edgar, por Aurthur, por Raven e pelos rumos que o Condado poderia tomar. Queria ajudá-los, mas como? O nó na garganta a sufocava e sua mente estava enevoada. Foi então que ela escutou:

- Lydia, não adianta nada sentir-se derrotista – Tytânia tentou animá-la. Por mais que a Rainha cuidasse de todos do mesmo modo, por Lydia seu carinho era especial. Tytânia sabia que ela era o esteio do Condado.

- Mas… as lágrimas caiam contra a sua vontade, que ela tentava enxugá-las sem sucesso com a manga do seu vestido. Então, Tytânia pediu a Tompinks mais duas xícaras de chá. – E de hortelã, por favor, completou.

- Não precisa! Peça só para a senhora. - disse a condessa, ainda com a voz embargada

- Esses são especiais! – falou Tytânia sorrindo.

O mordomo sereiano trouxe as duas xícaras com as folhinhas em fusão dançando de forma atrevida. Então, Lydia observou Tytânia tirar do seu casaco um pequeno frasco violeta, que lembrava a cor dos olhos de Edgar. E dele a Rainha colocou três gotinhas de uma essência aromática e deu-lhe para beber.

- Beba e vá descansar, Lydia. Você só precisa repor suas energias. Todas as respostas já estão prontas dentro de você.

Ela sorriu tristemente e sorveu o chá num gole só. Lydia pediu para retirar-se, mas antes beijou a face da Rainha e disse: – Muito obrigada!

No quarto escuro, Edgar ainda estava adormecido. Ela ajeitou os travesseiros e deitou-se ao seu lado. Vencida pelo cansaço, adormeceu e nem percebeu quando ele ajeitou-se junto a ela como pedisse colo. E assim seguiu a noite.

Mal tinha saído os primeiros raio de Sol, Edgar já estava de pé. Lydia dormia tão profundamente, que ele não teve coragem de acordá-la. Deu um beijo em seu rosto de forma carinhosa e saiu. Tomou um banho demorado e foi tomar café. Muito abatido, procurava encontrar forças na xícara de chá preto, quando escutou:

- Não fique assim rapaz!, era Lugh procurando dar ânimo ao conde.

- Como posso voltar a sorrir se nem ao menos soube … , não conseguiu terminar a frase. Parecia que tinha perdido a fé em si mesmo, sua autoestima. Tinha lutado tanto para ser digno da Espada Merrow, tinha se dedicado tanto à sua família, cumprido os juramentos que fez com cada povo elemental. “Agora isso, por quê?”.

- Edgar, você está pronto?

O jovem virou lentamente e pode ver Tytânia, Sereia e Kelpie (mesmo contra a sua vontade). Eles ajudariam o conde encarar à sua sombra e de uma vez por todas, curar  a sua adolescência dolorosa e reencontrar seu verdadeiro elemento, o fogo. Fogo da coragem, da transmutação, da transformação, da força em proteger àqueles que tanto amava.

Ele respirou fundo e disse: – Sim, estou.

Foram escolhidos a dedo, os representantes de cada povo, para preparar o ambiente para o encontro de Edgar com sua sombra. O local escolhido foi o salão de baile e quem precederia seria a Rainha dos Sereianos, Sereia. Um círculo foi feito com vários itens: conchas, pedras, galhos, penas que cairam dos corpos dos animais e pequeníssimas velas e ao centro um local para que Edgar deitasse. O ambiente perfumado o deixou zonzo. E seguindo as instruções, ele foi ao centro do círculo.

- Edgar, volte bem e salvo!, ordenou Sereia – se precisar de algo, estaremos aqui!

- Está bem!, mas sua voz soou incerta.

Era apenas o início da verdadeira batalha que o conde deveria enfrentar…

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo VI

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)

À noite, Lydia pediu seu chá, mas não quis biscoitos para acompanhar. Sentada na varanda, com coração apertado, sua aflição era por Edgar, por Aurthur, por Raven e pelos rumos que o Condado poderia tomar. Queria ajudá-los, mas como? O nó na garganta a sufocava e sua mente estava enevoada. Foi então que ela escutou:

- Lydia, não adianta nada sentir-se derrotista – Tytânia tentou animá-la. Por mais que a Rainha cuidasse de todos do mesmo modo, por Lydia seu carinho era especial. Tytânia sabia que ela era o esteio do Condado.

- Mas… as lágrimas caiam contra a sua vontade, que ela tentava enxugá-las sem sucesso com a manga do seu vestido. Então, Tytânia pediu a Tompinks mais duas xícaras de chá. – E de hortelã, por favor, completou.

- Não precisa! Peça só para a senhora. - disse a condessa, ainda com a voz embargada

- Esses são especiais! – falou Tytânia sorrindo.

O mordomo sereiano trouxe as duas xícaras com as folhinhas em fusão dançando de forma atrevida. Então, Lydia observou Tytânia tirar do seu casaco um pequeno frasco violeta, que lembrava a cor dos olhos de Edgar. E dele a Rainha colocou três gotinhas de uma essência aromática e deu-lhe para beber.

- Beba e vá descansar, Lydia. Você só precisa repor suas energias. Todas as respostas já estão prontas dentro de você.

Ela sorriu tristemente e sorveu o chá num gole só. Lydia pediu para retirar-se, mas antes beijou a face da Rainha e disse: – Muito obrigada!

No quarto escuro, Edgar ainda estava adormecido. Ela ajeitou os travesseiros e deitou-se ao seu lado. Vencida pelo cansaço, adormeceu e nem percebeu quando ele ajeitou-se junto a ela como pedisse colo. E assim seguiu a noite.

Mal tinha saído os primeiros raio de Sol, Edgar já estava de pé. Lydia dormia tão profundamente, que ele não teve coragem de acordá-la. Deu um beijo em seu rosto de forma carinhosa e saiu. Tomou um banho demorado e foi tomar café. Muito abatido, procurava encontrar forças na xícara de chá preto, quando escutou:

- Não fique assim rapaz!, era Lugh procurando dar ânimo ao conde.

- Como posso voltar a sorrir se nem ao menos soube … , não conseguiu terminar a frase. Parecia que tinha perdido a fé em si mesmo, sua autoestima. Tinha lutado tanto para ser digno da Espada Merrow, tinha se dedicado tanto à sua família, cumprido os juramentos que fez com cada povo elemental. “Agora isso, por quê?”.

- Edgar, você está pronto?

O jovem virou lentamente e pode ver Tytânia, Sereia e Kelpie (mesmo contra a sua vontade). Eles ajudariam o conde encarar à sua sombra e de uma vez por todas, curar  a sua adolescência dolorosa e reencontrar seu verdadeiro elemento, o fogo. Fogo da coragem, da transmutação, da transformação, da força em proteger àqueles que tanto amava.

Ele respirou fundo e disse: – Sim, estou.

Foram escolhidos a dedo, os representantes de cada povo, para preparar o ambiente para o encontro de Edgar com sua sombra. O local escolhido foi o salão de baile e quem precederia seria a Rainha dos Sereianos, Sereia. Um círculo foi feito com vários itens: conchas, pedras, galhos, penas que cairam dos corpos dos animais e pequeníssimas velas e ao centro um local para que Edgar deitasse. O ambiente perfumado o deixou zonzo. E seguindo as instruções, ele foi ao centro do círculo.

- Edgar, volte bem e salvo!, ordenou Sereia – se precisar de algo, estaremos aqui!

- Está bem!, mas sua voz soou incerta.

Era apenas o início da verdadeira batalha que o conde deveria enfrentar…

sábado, 20 de julho de 2013

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo V

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
O Sol  já aparecia por completo no céu, quando o exército chegou à mansão dos Ashenbert. Edgar ainda estava inconsciente, pálido e foi prontamente atendido por Tytânia e Sereia. Lydia desesperada foi ao seu encontro e o abraçava temendo sua morte.
- Lydia, ele não vai morrer, infelizmente…, disse Kelpie.
- E é esse tipo de brincadeira que se faça, rapaz? – repreendeu Lugh e continuou - Ele precisa ficar bem…
- Logo!! – disse imperativa Tytânia. – Vamos leve-o para o quarto. Provavelmente, Ulysses mexeu com sistema nervoso dele.
- Poxa vida! Não ganhamos dessa, mas que matamos uma boa leva daqueles filhos da …- resmungou Lugh.
- Lugh, por favor! Ajude-nos com a corrente mágica, solicitou Sereia.
- E Raven? Onde está Raven?, perguntou Lydia ainda mais assustada. – Não me diga que…
- Sim, ele foi raptado! Ou sequestrado! Oras, o Edgar devia ficar no canto dele, só complicou as coisas com seu lado impetuoso…
Enquanto Kelpie reclamava o quanto Edgar foi imprudente, Lydia percebeu onde estava o ponto falho da equipe. Ela iria falar para Edgar assim que ele acordasse. Ela DEVERIA falar para Edgar. “É isso! Está faltando o quarto elemento…O fogo! Se Ulysses e sua trupe tinham as salamandras, eles por sinal, não tinham… Mas quem iria completar?”. Sua cabeça rodava atrás de uma resposta e que viria apenas à noite.
Mais tarde, com os tratamentos devidos, Edgar parecia apenas adormecido e fora de perigo. Enquanto era assistido por Lydia, os seus sonhos eram confusos e desconexos. Se via uma hora em campo de batalha, o desespero e impotência para vencer Ulysses e depois… o olhar de Raven pedindo socorro. Acordou assustado e, ainda meio ao torpor, viu Lydia que segurava sua mão gentilmente. Respirou fundo, fechou os olhos e perguntou:
- Não consegui, não é?
- Ainda não, disse ela suavemente. – Mas, o mais importante é que você está vivo e bem. Porém…
- Diga Ly!
- Bem, eles levaram Raven…
- Eu sei disso! – disse com sentimento de culpa enorme – Além de não conseguir recuperar Aurthur, ainda por cima… perdi Raven. Mas… O que aconteceu realmente?
- Parece que o Ulysses conseguiu infiltrar-se em sua mente e paralisou alguns partes de seu cérebro, mas foi algo momentâneo.
Meia titubeante, a fairy doctor prosseguiu:
- Você sabe quem ajudou a curá-lo, além de claro Sereia e Tytania?
- Nem faço ideia…
- Kelpie!
- No fundo estamos virando amigos, não é?, ironizou Edgar com sorriso triste.
- Nem tanto!, era a resposta entrecortada e irritada do cavalo-marinho mágico que se encontrava encostado na porta do quarto.
- Kelpie, por favor… E Edgar, fique quieto! E vocês vão brigar a essa hora? – retrucou Lydia.
- Quem está brigando?, os dois perguntaram ao mesmo tempo.
Lydia respirou resignada e continuou:
- Bem, vamos ao mais importante… Acredito que tenho uma chave ou uma pista do que está nos faltando…
- Uma cabeça para o Edgar!, brincou maldosamente Kelpie.
O conde apenas olhou com certo rancor para o cavalo-marinho mágico.
- Kelpie, será que vou ter que ser ríspida com você? – alertou Lydia.
O cavalo-marinho mágico só levantou a mão direita como dissesse que ele ficaria quieto. Edgar então pegou a mão da esposa:
- Ly, onde errei?, perguntou na mais profunda humildade.
- Não foi somente você, mas todos nós erramos – respondeu Tytânia, que neste momento entrava no quarto e continuou – Esquecemos o quarto elemento…
- O quarto?, perguntou confuso.
Lydia então virou-se para Edgar:
- Isso, o quarto elemento é o fogo! E se a base de toda magia está montada em cima dos quatro elementos, estamos incompletos, concorda?
Antes que alguém dissesse alguma coisa, Lydia continuou:
- Pois, vejamos, meu amorzinho. Temos a Tytânia que é a Rainha das Fadas, que representa o elemento ar. A Sereia, a Senhora dos Sereianos que controla as ondinas, e consequentemente é o elemento água.
- E o Lugh, o Rei dos Leuprachauns que é o Senhor da Terra… Como não pensei nisso? -  Edgar parecia que se pergunta a si mesmo – Mas quem seria o quarto elemento?
- Que saiba, o quarto elemento é você!, declarou imperativa a Senhora dos Sereianos.
Todos ficaram atônitos, inclusive Kelpie, que até no presente momento disfarçava muito bem seus sentimentos.
- Eu?, perguntou perplexo Edgar. - Mas como?
- Quando a lady Gladys, a grande senhora e dona da Espada Merrow casou-se com o 1o Conde Cavaleiro Azul o iniciou nas artes mágicas. Assim como Lydia, inconscientemente, o iniciou depois que vocês casaram. O 1conde  foi oponente de todos os inimigos que tentaram arruinar a paz do Condado, assim como os descendentes do Príncipe da Calamidade. Ele lutava maravilhosamente bem, era um grande estatregista, mas mesmo assim, impetuoso. Assim como você, Edgar – contou Tytânia.
Edgar escutava atentamente, e de forma tão focada que nem conseguia piscar. Lydia, então, compreendia que era esse o fio da meada de sua intuição.
- Porém, - prosseguiu Tytânia - esse homem tinha plena consciência de suas dificuldades, angústias e até não era o mais forte. Mas possuía confiança, humildade o suficiente, não menosprezava o oponente e sabia que se focasse de corpo e alma conseguiria ganhar qual fosse o seu inimigo. E claro, com nossa ajuda. Assim como você, ele jurou sob a Espada Merrow, serviu ao seu povo e foi o senhor de todos os elementos.
- Mas…, Edgar não conseguia completar a frase ou não ousava perguntar o seu erro, pois temia a resposta.
- O seu grande erro, Edgar, foi… querer vingar-se mais uma vez da organização do Príncipe através da nobre Espada Merrow. Se o objetivo era resgatar Aurthur, concorda que foi um grande e crasso erro?
- Mas eu não quis…
- Sabemos que foi algo inconsciente e que surgiu do nada na hora da batalha. Vejamos, mesmo não sendo um descendente direto dos Ashenbert, nós o aceitamos. Até porque você provou a sua lealdade, confiança, nobreza de espírito e garra. Porém, quando ainda você era o filho do Duque Sylvainford, sua família foi dilacerada e morta. Mas, sabemos que você era o alvo da organização do Príncipe, por causa da sua linhagem. Quando você voltou da América, foi atrás da Espada Merrow como forma de vingar-se. Mas aí quando você a obteve percebeu que o peso daquele que a carrega é muito mais sério do que uma simples vingança. E em grande parte o que você é hoje vem do seu espírito otimista, humilde e a habilidade de sobreviver nos períodos mais difíceis. E mesmo depois de tudo que você passou, não perdeu sua gentileza. Mas, o que aconteceu? Por um momento, com as provocações de Ulysses, você voltou à época que queria utilizar a Espada como arma da sua vingança. E o que pior, não respeitou o oponente. Em outras, palavras, sua briga era mais interna do que outra coisa. E portanto, falhou por uma cicatriz que ainda carrega na sua alma.
Edgar então percebeu que nem para si mesmo confessava que ainda existiam as marcas daquele tempo, que não só o corpo carregava, mas sua alma também.
- Mas como posso reverter o quadro e, assim, assumir o elemento fogo? – questionou quase sussurrando.
- Simples, enfrentando sua sombra, afirmou Tytânia.
- Mas como?
- Você está preparado para enfrentá-la, Edgar? – perguntou Sereia.
- Estou!, respondeu com toda convicção e apertou mais ainda a mão da esposa.
- Então, vejamos, por hoje descanse. E amanhã…
- Não podemos esperar até amanhã!, falou irritado.
- Edgar, veja, o Príncipe não matará Raven, muito menos o seu filho. O plano é tomar posse da Espada Merrow e assim controlar todo o condado e depois toda a Inglaterra, como sempre ele quis. As duas únicas moedas de troca que ele tem são Aurthur e Raven. Não seria interessante fazer algo com eles, concorda? – tranquilizou Sereia e continuou para os outros presentes: – Então? Podemos providenciar nas primeiras horas de amanhã a jornada interna de Edgar? O que acham?
- Perfeito!, concordou Tytânia, que ainda prosseguiu - Edgar, por hoje descanse. Amanhã será sua batalha interna. Se você sair vitorioso, Kelpie e Lugh cuidarão pessoalmente de seu treinamento. E assim…
- Atacaremos sem piedade!, completou Lugh, que também já se encontrava no quarto, fazendo um gesto no ar com o punho fechado.
- Pera lá, quem disse que vou…
- Kelpie! Eu exijo sua ajuda, disse Sereia imperativa.
- Está bem! – respondeu bem contrariado.
Algum tempo depois, na escuridão, Edgar tentou brigar com o sono, pensando em tudo que lhe foi dito. Mas ele foi mais forte e o venceu.

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo V

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
O Sol  já aparecia por completo no céu, quando o exército chegou à mansão dos Ashenbert. Edgar ainda estava inconsciente, pálido e foi prontamente atendido por Tytânia e Sereia. Lydia desesperada foi ao seu encontro e o abraçava temendo sua morte.
- Lydia, ele não vai morrer, infelizmente…, disse Kelpie.
- E é esse tipo de brincadeira que se faça, rapaz? – repreendeu Lugh e continuou - Ele precisa ficar bem…
- Logo!! – disse imperativa Tytânia. – Vamos leve-o para o quarto. Provavelmente, Ulysses mexeu com sistema nervoso dele.
- Poxa vida! Não ganhamos dessa, mas que matamos uma boa leva daqueles filhos da …- resmungou Lugh.
- Lugh, por favor! Ajude-nos com a corrente mágica, solicitou Sereia.
- E Raven? Onde está Raven?, perguntou Lydia ainda mais assustada. – Não me diga que…
- Sim, ele foi raptado! Ou sequestrado! Oras, o Edgar devia ficar no canto dele, só complicou as coisas com seu lado impetuoso…
Enquanto Kelpie reclamava o quanto Edgar foi imprudente, Lydia percebeu onde estava o ponto falho da equipe. Ela iria falar para Edgar assim que ele acordasse. Ela DEVERIA falar para Edgar. “É isso! Está faltando o quarto elemento…O fogo! Se Ulysses e sua trupe tinham as salamandras, eles por sinal, não tinham… Mas quem iria completar?”. Sua cabeça rodava atrás de uma resposta e que viria apenas à noite.
Mais tarde, com os tratamentos devidos, Edgar parecia apenas adormecido e fora de perigo. Enquanto era assistido por Lydia, os seus sonhos eram confusos e desconexos. Se via uma hora em campo de batalha, o desespero e impotência para vencer Ulysses e depois… o olhar de Raven pedindo socorro. Acordou assustado e, ainda meio ao torpor, viu Lydia que segurava sua mão gentilmente. Respirou fundo, fechou os olhos e perguntou:
- Não consegui, não é?
- Ainda não, disse ela suavemente. – Mas, o mais importante é que você está vivo e bem. Porém…
- Diga Ly!
- Bem, eles levaram Raven…
- Eu sei disso! – disse com sentimento de culpa enorme – Além de não conseguir recuperar Aurthur, ainda por cima… perdi Raven. Mas… O que aconteceu realmente?
- Parece que o Ulysses conseguiu infiltrar-se em sua mente e paralisou alguns partes de seu cérebro, mas foi algo momentâneo.
Meia titubeante, a fairy doctor prosseguiu:
- Você sabe quem ajudou a curá-lo, além de claro Sereia e Tytania?
- Nem faço ideia…
- Kelpie!
- No fundo estamos virando amigos, não é?, ironizou Edgar com sorriso triste.
- Nem tanto!, era a resposta entrecortada e irritada do cavalo-marinho mágico que se encontrava encostado na porta do quarto.
- Kelpie, por favor… E Edgar, fique quieto! E vocês vão brigar a essa hora? – retrucou Lydia.
- Quem está brigando?, os dois perguntaram ao mesmo tempo.
Lydia respirou resignada e continuou:
- Bem, vamos ao mais importante… Acredito que tenho uma chave ou uma pista do que está nos faltando…
- Uma cabeça para o Edgar!, brincou maldosamente Kelpie.
O conde apenas olhou com certo rancor para o cavalo-marinho mágico.
- Kelpie, será que vou ter que ser ríspida com você? – alertou Lydia.
O cavalo-marinho mágico só levantou a mão direita como dissesse que ele ficaria quieto. Edgar então pegou a mão da esposa:
- Ly, onde errei?, perguntou na mais profunda humildade.
- Não foi somente você, mas todos nós erramos – respondeu Tytânia, que neste momento entrava no quarto e continuou – Esquecemos o quarto elemento…
- O quarto?, perguntou confuso.
Lydia então virou-se para Edgar:
- Isso, o quarto elemento é o fogo! E se a base de toda magia está montada em cima dos quatro elementos, estamos incompletos, concorda?
Antes que alguém dissesse alguma coisa, Lydia continuou:
- Pois, vejamos, meu amorzinho. Temos a Tytânia que é a Rainha das Fadas, que representa o elemento ar. A Sereia, a Senhora dos Sereianos que controla as ondinas, e consequentemente é o elemento água.
- E o Lugh, o Rei dos Leuprachauns que é o Senhor da Terra… Como não pensei nisso? -  Edgar parecia que se pergunta a si mesmo – Mas quem seria o quarto elemento?
- Que saiba, o quarto elemento é você!, declarou imperativa a Senhora dos Sereianos.
Todos ficaram atônitos, inclusive Kelpie, que até no presente momento disfarçava muito bem seus sentimentos.
- Eu?, perguntou perplexo Edgar. - Mas como?
- Quando a lady Gladys, a grande senhora e dona da Espada Merrow casou-se com o 1o Conde Cavaleiro Azul o iniciou nas artes mágicas. Assim como Lydia, inconscientemente, o iniciou depois que vocês casaram. O 1conde  foi oponente de todos os inimigos que tentaram arruinar a paz do Condado, assim como os descendentes do Príncipe da Calamidade. Ele lutava maravilhosamente bem, era um grande estatregista, mas mesmo assim, impetuoso. Assim como você, Edgar – contou Tytânia.
Edgar escutava atentamente, e de forma tão focada que nem conseguia piscar. Lydia, então, compreendia que era esse o fio da meada de sua intuição.
- Porém, - prosseguiu Tytânia - esse homem tinha plena consciência de suas dificuldades, angústias e até não era o mais forte. Mas possuía confiança, humildade o suficiente, não menosprezava o oponente e sabia que se focasse de corpo e alma conseguiria ganhar qual fosse o seu inimigo. E claro, com nossa ajuda. Assim como você, ele jurou sob a Espada Merrow, serviu ao seu povo e foi o senhor de todos os elementos.
- Mas…, Edgar não conseguia completar a frase ou não ousava perguntar o seu erro, pois temia a resposta.
- O seu grande erro, Edgar, foi… querer vingar-se mais uma vez da organização do Príncipe através da nobre Espada Merrow. Se o objetivo era resgatar Aurthur, concorda que foi um grande e crasso erro?
- Mas eu não quis…
- Sabemos que foi algo inconsciente e que surgiu do nada na hora da batalha. Vejamos, mesmo não sendo um descendente direto dos Ashenbert, nós o aceitamos. Até porque você provou a sua lealdade, confiança, nobreza de espírito e garra. Porém, quando ainda você era o filho do Duque Sylvainford, sua família foi dilacerada e morta. Mas, sabemos que você era o alvo da organização do Príncipe, por causa da sua linhagem. Quando você voltou da América, foi atrás da Espada Merrow como forma de vingar-se. Mas aí quando você a obteve percebeu que o peso daquele que a carrega é muito mais sério do que uma simples vingança. E em grande parte o que você é hoje vem do seu espírito otimista, humilde e a habilidade de sobreviver nos períodos mais difíceis. E mesmo depois de tudo que você passou, não perdeu sua gentileza. Mas, o que aconteceu? Por um momento, com as provocações de Ulysses, você voltou à época que queria utilizar a Espada como arma da sua vingança. E o que pior, não respeitou o oponente. Em outras, palavras, sua briga era mais interna do que outra coisa. E portanto, falhou por uma cicatriz que ainda carrega na sua alma.
Edgar então percebeu que nem para si mesmo confessava que ainda existiam as marcas daquele tempo, que não só o corpo carregava, mas sua alma também.
- Mas como posso reverter o quadro e, assim, assumir o elemento fogo? – questionou quase sussurrando.
- Simples, enfrentando sua sombra, afirmou Tytânia.
- Mas como?
- Você está preparado para enfrentá-la, Edgar? – perguntou Sereia.
- Estou!, respondeu com toda convicção e apertou mais ainda a mão da esposa.
- Então, vejamos, por hoje descanse. E amanhã…
- Não podemos esperar até amanhã!, falou irritado.
- Edgar, veja, o Príncipe não matará Raven, muito menos o seu filho. O plano é tomar posse da Espada Merrow e assim controlar todo o condado e depois toda a Inglaterra, como sempre ele quis. As duas únicas moedas de troca que ele tem são Aurthur e Raven. Não seria interessante fazer algo com eles, concorda? – tranquilizou Sereia e continuou para os outros presentes: – Então? Podemos providenciar nas primeiras horas de amanhã a jornada interna de Edgar? O que acham?
- Perfeito!, concordou Tytânia, que ainda prosseguiu - Edgar, por hoje descanse. Amanhã será sua batalha interna. Se você sair vitorioso, Kelpie e Lugh cuidarão pessoalmente de seu treinamento. E assim…
- Atacaremos sem piedade!, completou Lugh, que também já se encontrava no quarto, fazendo um gesto no ar com o punho fechado.
- Pera lá, quem disse que vou…
- Kelpie! Eu exijo sua ajuda, disse Sereia imperativa.
- Está bem! – respondeu bem contrariado.
Algum tempo depois, na escuridão, Edgar tentou brigar com o sono, pensando em tudo que lhe foi dito. Mas ele foi mais forte e o venceu.

sábado, 13 de julho de 2013

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo IV

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)

E como combinado, a caminho de Monte Saint Brigid estavam Edgar, Raven, Kelpie, um exército de sereianos, um grupo de elfos selecionados a dedo por Tytânia, e o próprio Lugh liderando seus homens. O plano era encurralar o fairy doctor porque ele provavelmente servia de escudo para o Príncipe da Calamidade, escondido de alguma forma naquele lugar. O seu principal objetivo era a posse da Espada Merrow, a ferramenta mágica do Condado de Ibrazel. Ela era o passaporte para quem a possuísse declarar-se como Conde Cavaleiro Azul e deter o poder sobre todos os elementais e a população daquelas terras.

Lydia, mesmo contra a vontade, ficou aos cuidados de Nico, Tytânia e a própria Sereia. O ela queria era lutar ao lado do marido, mas todos acharam isso muito perigoso. Receosa pelo que acontecia no campo de batalha, pediu gentilmente à Tytânia se poderia “assistir” aos acontecimentos. Ainda um pouco reticente, a Rainha das Fadas pediu a Thompinks, o mordomo dos Ashenbert, que trouxesse um grande espelho.

O mordomo a atendeu gentilmente e trouxe o objeto para o salão. E então, pelas mãos de Sereia surgiu um pequeno pote-d’água da fonte mais pura dos sereianos. As duas rainhas, em conjunto, disseram algumas palavras mágicas e demarraram o líquido pelo espelho. A imagem começou eneveoada até que mostrou nitidamente os homens marchando em direção ao Monte. Lydia respirou tão profundamente e com tal intensidade, que Tytânia disse:

- Lydia, apenas observe. Caso queira interferir em algo, peça permissão para nós, correto?

A condessa mordeu os lábios e falou com impaciência:

- Está bem!

Tytânia e Sereia entreolharam-se, mas na sala, apenas dava para perceber a ansiedade da fairy doctor.

No Monte Saint Brigid, o ar frio batia nos rostos dos marchantes. E assim, que se colocaram mais adiante do rio, o local marcado, Lugh levantou as mãos pedindo para que todos parassem. Na floresta, pequenos pontos vermelhos surgiram na escuridão. Eram os olhos dos lobos e cães espectrais do fairy doctor do Príncipe da Calamidade. A tensão crescia a cada minuto.

Então, detrás de uma belíssima árvore surgiu Ulysses montado em cavalo de puro sangue.

- Edgar, eu disse que era um duelo, não é uma guerra! – ironizou o fairy doctor – Não tinha necessidade trazê-los de tão longe…

- Ora, ora, e acha que perderia uma boa diversão ?, brincou Lugh.

- Que seja, conheço bem seus métodos e de seu glorioso Príncipe. –revidou o conde.

Quando Edgar acabou de falar, surgiram vários homens-salamandras, apenas esperando pela ordem de Ulysses.

- Eu não disse?, ironizou Edgar.

- Trouxe a espada?, a voz de Ulysses soou metálica.

- Trouxe, mas quero meu filho agora!

- A troca vai ter sangue, lord Edgar?

- Espero que não, mas se for lutar, aqui será seu túmulo Ulysses! - a voz de Edgar saiu confiante e provocadora.

Ulysses então ordenou que trouxessem a criança. Aurthur estava em uma gaiola de vidro que pairava no ar.

- Faz o favor de soltá-lo?, solicitou o conde bem irritado.

- Então vamos fazer assim conde Edgar? Você vence, solto seu filho e vamos embora. Mas se você perder, a espada é nossa e o seu filho… bem, quem sabe ele pode ser o tão esperado sucessor do Príncipe- brincou de forma maliciosa Ulysses.

O conde fazia um esforço enorme para não atacá-lo de frente, mas só respondeu:

- Eu venço, a espada fica comigo, vou ter meu filho de volta e NÃO TERÁ OUTRA OPÇÃO!

- Você irá me matar, lord ?, debochou Ulysses.

- Se ele não te matar, nós mataremos você! Já cansei desse showzinho absurdo!, replicou Kelpie.

- Hum… – Ulysses sorriu irônico, virou-se para os seres hipnotizados pelo seu poder e disse:

ulysses divulgação- Ataaaaaaaaaaaaaaqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmm!

Os elementais tiverem que agir rápido porque os seres espectrais carregavam venenos pesados em seu sangue e caso sofressem algum arranhão eram transferidos através da ferida. O veneno só era letal para humanos. Mas, para os elementais o resultado dava por meio de alucinações e cãibras. O intuito de Ulysses era deixá-los atordoados, e com isso, avançariam até Edgar.

O conde, por sinal, levou adiante o plano. Sacou a Espada Merrow para atacar Ulysses.  Só que, o fairy doctor dominou o cavalo de Edgar apenas com o olhar e algumas palavras mágicas. O animal  tombou, urrando de dor, levando-o ao chão. Raven pulou na frente do conde para protegê-lo e avançou de forma ofensiva  para Ulysses. O cavalo do fairy doctor assustou-se com o brilho dos olhos do homem-fada e empinou de tal maneira que Ulysses também caiu ao chão.

Uma chuva estranha começou a cair no local, que atrapalhava o contra-ataque dos elementais. Enquanto isso, Edgar levantou-se e foi para cima de Ulysses:

“Se eu revidar rapidamente e ele perder a espada, a batalha já está ganha. É só ir pela direita que sempre foi o fraco dele.” – pensou.

Parecia que o fairy doctor leu os pensamentos do conde, avançou lentamente ao seu encontro e começou a falar em uma língua estranha, de tempos imemoriais. Edgar começou a sentir um peso enorme no corpo, grande dificuldade em respirar e mexer os braços. Seu coração batia descontroladamente.

“Como ele pode fazer isso??”, perguntava-se.

Raven tentou proteger seu mestre e contra-atacou Ulysses. Foi uma luta desesperada, onde a adaga de Raven não conseguia alcançar o fairy doctor.

- Gostei de você, rapazinho. Acho que você poderá nos servir como mais uma moeda de troca nesse jogo, disse Ulysses.

E então, o fairy doctor levantou as mãos como convocasse uma tempestade ainda maior. Porém, nesse momento, o  verdadeiro Sol despontava com uma força nunca vista, obra da união de forças dos elementais do ar. E num instante, todo o exército de Ulysses desapareceu, assim como Raven…

Edgar, então, caiu ao chão, desmaiado. Ele parecia uma marionete manipulada por alguém e esse alguém o soltou.

E ao longe, só se ouviu a voz de Lydia gritando:

- Nããããããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo IV

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)

E como combinado, a caminho de Monte Saint Brigid estavam Edgar, Raven, Kelpie, um exército de sereianos, um grupo de elfos selecionados a dedo por Tytânia, e o próprio Lugh liderando seus homens. O plano era encurralar o fairy doctor porque ele provavelmente servia de escudo para o Príncipe da Calamidade, escondido de alguma forma naquele lugar. O seu principal objetivo era a posse da Espada Merrow, a ferramenta mágica do Condado de Ibrazel. Ela era o passaporte para quem a possuísse declarar-se como Conde Cavaleiro Azul e deter o poder sobre todos os elementais e a população daquelas terras.

Lydia, mesmo contra a vontade, ficou aos cuidados de Nico, Tytânia e a própria Sereia. O ela queria era lutar ao lado do marido, mas todos acharam isso muito perigoso. Receosa pelo que acontecia no campo de batalha, pediu gentilmente à Tytânia se poderia “assistir” aos acontecimentos. Ainda um pouco reticente, a Rainha das Fadas pediu a Thompinks, o mordomo dos Ashenbert, que trouxesse um grande espelho.

O mordomo a atendeu gentilmente e trouxe o objeto para o salão. E então, pelas mãos de Sereia surgiu um pequeno pote-d’água da fonte mais pura dos sereianos. As duas rainhas, em conjunto, disseram algumas palavras mágicas e demarraram o líquido pelo espelho. A imagem começou eneveoada até que mostrou nitidamente os homens marchando em direção ao Monte. Lydia respirou tão profundamente e com tal intensidade, que Tytânia disse:

- Lydia, apenas observe. Caso queira interferir em algo, peça permissão para nós, correto?

A condessa mordeu os lábios e falou com impaciência:

- Está bem!

Tytânia e Sereia entreolharam-se, mas na sala, apenas dava para perceber a ansiedade da fairy doctor.

No Monte Saint Brigid, o ar frio batia nos rostos dos marchantes. E assim, que se colocaram mais adiante do rio, o local marcado, Lugh levantou as mãos pedindo para que todos parassem. Na floresta, pequenos pontos vermelhos surgiram na escuridão. Eram os olhos dos lobos e cães espectrais do fairy doctor do Príncipe da Calamidade. A tensão crescia a cada minuto.

Então, detrás de uma belíssima árvore surgiu Ulysses montado em cavalo de puro sangue.

- Edgar, eu disse que era um duelo, não é uma guerra! – ironizou o fairy doctor – Não tinha necessidade trazê-los de tão longe…

- Ora, ora, e acha que perderia uma boa diversão ?, brincou Lugh.

- Que seja, conheço bem seus métodos e de seu glorioso Príncipe. –revidou o conde.

Quando Edgar acabou de falar, surgiram vários homens-salamandras, apenas esperando pela ordem de Ulysses.

- Eu não disse?, ironizou Edgar.

- Trouxe a espada?, a voz de Ulysses soou metálica.

- Trouxe, mas quero meu filho agora!

- A troca vai ter sangue, lord Edgar?

- Espero que não, mas se for lutar, aqui será seu túmulo Ulysses! - a voz de Edgar saiu confiante e provocadora.

Ulysses então ordenou que trouxessem a criança. Aurthur estava em uma gaiola de vidro que pairava no ar.

- Faz o favor de soltá-lo?, solicitou o conde bem irritado.

- Então vamos fazer assim conde Edgar? Você vence, solto seu filho e vamos embora. Mas se você perder, a espada é nossa e o seu filho… bem, quem sabe ele pode ser o tão esperado sucessor do Príncipe- brincou de forma maliciosa Ulysses.

O conde fazia um esforço enorme para não atacá-lo de frente, mas só respondeu:

- Eu venço, a espada fica comigo, vou ter meu filho de volta e NÃO TERÁ OUTRA OPÇÃO!

- Você irá me matar, lord ?, debochou Ulysses.

- Se ele não te matar, nós mataremos você! Já cansei desse showzinho absurdo!, replicou Kelpie.

- Hum… – Ulysses sorriu irônico, virou-se para os seres hipnotizados pelo seu poder e disse:

ulysses divulgação- Ataaaaaaaaaaaaaaqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmm!

Os elementais tiverem que agir rápido porque os seres espectrais carregavam venenos pesados em seu sangue e caso sofressem algum arranhão eram transferidos através da ferida. O veneno só era letal para humanos. Mas, para os elementais o resultado dava por meio de alucinações e cãibras. O intuito de Ulysses era deixá-los atordoados, e com isso, avançariam até Edgar.

O conde, por sinal, levou adiante o plano. Sacou a Espada Merrow para atacar Ulysses.  Só que, o fairy doctor dominou o cavalo de Edgar apenas com o olhar e algumas palavras mágicas. O animal  tombou, urrando de dor, levando-o ao chão. Raven pulou na frente do conde para protegê-lo e avançou de forma ofensiva  para Ulysses. O cavalo do fairy doctor assustou-se com o brilho dos olhos do homem-fada e empinou de tal maneira que Ulysses também caiu ao chão.

Uma chuva estranha começou a cair no local, que atrapalhava o contra-ataque dos elementais. Enquanto isso, Edgar levantou-se e foi para cima de Ulysses:

“Se eu revidar rapidamente e ele perder a espada, a batalha já está ganha. É só ir pela direita que sempre foi o fraco dele.” – pensou.

Parecia que o fairy doctor leu os pensamentos do conde, avançou lentamente ao seu encontro e começou a falar em uma língua estranha, de tempos imemoriais. Edgar começou a sentir um peso enorme no corpo, grande dificuldade em respirar e mexer os braços. Seu coração batia descontroladamente.

“Como ele pode fazer isso??”, perguntava-se.

Raven tentou proteger seu mestre e contra-atacou Ulysses. Foi uma luta desesperada, onde a adaga de Raven não conseguia alcançar o fairy doctor.

- Gostei de você, rapazinho. Acho que você poderá nos servir como mais uma moeda de troca nesse jogo, disse Ulysses.

E então, o fairy doctor levantou as mãos como convocasse uma tempestade ainda maior. Porém, nesse momento, o  verdadeiro Sol despontava com uma força nunca vista, obra da união de forças dos elementais do ar. E num instante, todo o exército de Ulysses desapareceu, assim como Raven…

Edgar, então, caiu ao chão, desmaiado. Ele parecia uma marionete manipulada por alguém e esse alguém o soltou.

E ao longe, só se ouviu a voz de Lydia gritando:

- Nããããããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 6 de julho de 2013

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo III

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
ulysses 2A sala tornou-se completamente agitada e todos preparam-se para atacá-lo. Mas, Ulysses pulou a janela com tal despretensão como fosse um menino a roubar maçãs no quintal do vizinho e disse na maior calma do mundo:
- Venho em paz, por enquanto… Milorde Edgar!,disse num tom jocoso fazendo uma reverência.
Edgar continuou imóvel, como estivesse estudando o inimigo. Por mais difícil que fosse, ele deveria manter a calma, até porque ainda “eles” estavam com seu garoto.
- O que veio fazer aqui, senhor Ulysses?, perguntou ainda tentando controlar a ira.
- Oras, falso conde Cavaleiro Azul, o que pensas o que quero? Negociar a troca, não acha? Ou o seu amor pelo poder é mais forte do que pelo seu filho?
Edgar começou a puxar a espada da bainha, mas foi impedido por Lydia e Lugh. Então, este último começou a falar:
- Meu caro Ulysses…
- Ora, ora… não é que o conde com sua meiguice pediu ajuda aos seus amiguinhos? – falou o fairy doctor olhando para Lugh e depois virou-se para Edgar com um sorriso diabólico.
- Opa, abaixe a voz, não gosto dos seus modos! – ordenou Lugh – Meu caro, você mais parece um galãozinho de ópera bufa… Oras, vamos lá, eu sou Senhor dos Lepreuchauns, Lugh, portanto, mais respeito por favor…
- Não tenho tempo para perder com trivialidades! – disse Ulysses impaciente e virou-se para falar com o conde.
HtY-Raven-kyaa- Edgar! – com tom beirando ao desprezo, Ulysses retirou a luva da mão esquerda e bateu-a no rosto de conde. A tapa soou surdo e deixou Edgar quase vermelho, tremendo de raiva, mas ele não perdeu sua fleuma inglesa e ainda teve a sutileza de pedir a Raven que abaixasse a ádaga.
- Kelpie, por favor, controle-se, disse Lydia para o cavalo-marinho que começava a se transformar-se em sua verdadeira forma.
O tapa no rosto com a luva era mais que uma provocação. Era sinal que a guerra começava e que um duelo estava marcado. O conde conseguiu controlar seu ímpeto e disse:
- Diga-me a hora e o local. Estarei lá. Será um duelo sem truques.
- Então aproveite e esteja com a Espada, lord Edgar Ashenbert! Ou melhor… caso queira, poderemos ofertar algumas surpresas…
- Estarei com ela, mas não sujarei a valiosa Espada que me foi concedida com seu sangue tão vil…
- Isso é uma provocação, seu farsante?
- Tome a frase como quiser, meu caro!
- Amanhã, às 3 da madrugada, na montanha de Saint Brigid. Estarei esperando por você…
Lydia correu para Ulysses, mas foi impedida por Sereia. Mesmo assim a condessa gritou enfurecida:
- Antes quero ver meu filho!
- Ele está bem, acredite! - disse o peão do Príncipe com ar de desdém, mas mesmo assim tirou da capa um pequeno espelho de onde surgiu a imagem de Aurthur dormindo profundamente. Parecia estar sedado ou enfeitiçado.
Sereia então disse:
- Estaremos lá! E que vocês estejam preparados. Não iremos facilitar para ninguém!
- Mesmo que a vida do filho do seu amado conde esteja em jogo?, perguntou fairy doctor em tom de desafio.
- Desculpe, meu caro, mas quem devia se sentir ameaçado é você!, retrucou Kelpie.
Ulysses então olhou para Edgar, fez uma reverência e saiu em companhia de seus lobos.
Depois da saída do peão do Príncipe, caiu um silêncio atormentador pela sala, que só foi quebrado com a voz de Lugh:
– Então é amanhã? E que comecem a festa!

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo III

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
ulysses 2A sala tornou-se completamente agitada e todos preparam-se para atacá-lo. Mas, Ulysses pulou a janela com tal despretensão como fosse um menino a roubar maçãs no quintal do vizinho e disse na maior calma do mundo:
- Venho em paz, por enquanto… Milorde Edgar!,disse num tom jocoso fazendo uma reverência.
Edgar continuou imóvel, como estivesse estudando o inimigo. Por mais difícil que fosse, ele deveria manter a calma, até porque ainda “eles” estavam com seu garoto.
- O que veio fazer aqui, senhor Ulysses?, perguntou ainda tentando controlar a ira.
- Oras, falso conde Cavaleiro Azul, o que pensas o que quero? Negociar a troca, não acha? Ou o seu amor pelo poder é mais forte do que pelo seu filho?
Edgar começou a puxar a espada da bainha, mas foi impedido por Lydia e Lugh. Então, este último começou a falar:
- Meu caro Ulysses…
- Ora, ora… não é que o conde com sua meiguice pediu ajuda aos seus amiguinhos? – falou o fairy doctor olhando para Lugh e depois virou-se para Edgar com um sorriso diabólico.
- Opa, abaixe a voz, não gosto dos seus modos! – ordenou Lugh – Meu caro, você mais parece um galãozinho de ópera bufa… Oras, vamos lá, eu sou Senhor dos Lepreuchauns, Lugh, portanto, mais respeito por favor…
- Não tenho tempo para perder com trivialidades! – disse Ulysses impaciente e virou-se para falar com o conde.
HtY-Raven-kyaa- Edgar! – com tom beirando ao desprezo, Ulysses retirou a luva da mão esquerda e bateu-a no rosto de conde. A tapa soou surdo e deixou Edgar quase vermelho, tremendo de raiva, mas ele não perdeu sua fleuma inglesa e ainda teve a sutileza de pedir a Raven que abaixasse a ádaga.
- Kelpie, por favor, controle-se, disse Lydia para o cavalo-marinho que começava a se transformar-se em sua verdadeira forma.
O tapa no rosto com a luva era mais que uma provocação. Era sinal que a guerra começava e que um duelo estava marcado. O conde conseguiu controlar seu ímpeto e disse:
- Diga-me a hora e o local. Estarei lá. Será um duelo sem truques.
- Então aproveite e esteja com a Espada, lord Edgar Ashenbert! Ou melhor… caso queira, poderemos ofertar algumas surpresas…
- Estarei com ela, mas não sujarei a valiosa Espada que me foi concedida com seu sangue tão vil…
- Isso é uma provocação, seu farsante?
- Tome a frase como quiser, meu caro!
- Amanhã, às 3 da madrugada, na montanha de Saint Brigid. Estarei esperando por você…
Lydia correu para Ulysses, mas foi impedida por Sereia. Mesmo assim a condessa gritou enfurecida:
- Antes quero ver meu filho!
- Ele está bem, acredite! - disse o peão do Príncipe com ar de desdém, mas mesmo assim tirou da capa um pequeno espelho de onde surgiu a imagem de Aurthur dormindo profundamente. Parecia estar sedado ou enfeitiçado.
Sereia então disse:
- Estaremos lá! E que vocês estejam preparados. Não iremos facilitar para ninguém!
- Mesmo que a vida do filho do seu amado conde esteja em jogo?, perguntou fairy doctor em tom de desafio.
- Desculpe, meu caro, mas quem devia se sentir ameaçado é você!, retrucou Kelpie.
Ulysses então olhou para Edgar, fez uma reverência e saiu em companhia de seus lobos.
Depois da saída do peão do Príncipe, caiu um silêncio atormentador pela sala, que só foi quebrado com a voz de Lugh:
– Então é amanhã? E que comecem a festa!